Por Cibelle Bouças | De São Paulo
Rony Meisler, presidente do Grupo Reserva: crescimento com itens básicos
O grupo de moda carioca Reserva revisou para cima a previsão de vendas para 2018, com o reforço da oferta de produtos básicos, como parte da estratégia para atrair novos clientes. Em janeiro, a companhia previa crescer 17,7% em receita neste ano, chegando a R$ 400 milhões. A previsão atual é atingir expansão de 25%, para R$ 423 milhões. Para as vendas no conceito ‘mesmas lojas’ (unidades abertas há mais de 12 meses), a previsão é de aumento de 13% em 2018.
“No primeiro semestre, a greve dos caminhoneiros e a Copa do Mundo da Fifa afetaram o varejo como um todo, incluindo nossa operação. Mas, ainda assim, tivemos um crescimento de 13% em mesmas lojas, que foi muito positivo. Geralmente as vendas se intensificam no segundo semestre”, afirmou Rony Meisler, presidente do Grupo Reserva.
De acordo com Meisler, o crescimento foi resultado do acerto nas coleções e do trabalho de diversificação da oferta de produtos, com avanços principalmente no segmento de itens básicos.
No primeiro semestre o grupo Reserva abriu três lojas e pretende abrir outras sete até dezembro. Hoje são 58 lojas da Reserva (de moda masculina), 17 da Reserva Mini (moda infantil), 4 lojas da Eva (moda feminina) e 2 da Ahlma (de roupas básicas para jovens). Ao todo o grupo conta com 81 lojas – 67 próprias e 14 franquias. A marca Reserva também é vendida em 1,4 mil lojas multimarcas no país.
Em 9 de agosto, a Reserva abre no Shopping Leblon, no Rio, a primeira loja com a marca Oficina Reserva. A unidade terá como foco a produção de itens básicos para o público masculino, como camisetas, polos, calças, blazers e tricôs.
“Há espaço para avançar no segmento de produtos básicos de valor agregado mais alto para homens”, disse Meisler.
Ele acrescentou que pretende testar o mercado com a primeira loja neste ano, antes de abrir novas unidades.
A marca Oficina Reserva foi criada em 2017, após o grupo tornar-se sócio da empresa mineira Social Tailor, que desenvolveu um software para confecção de roupas. Com o uso de algoritmos, que levam em conta medidas do corpo de aproximadamente 3 mil homens brasileiros, o software permite desenhar modelos peças de vestuário mais rapidamente do que a produção feita por um alfaiate. Enquanto um alfaiate leva, em média, 35 dias para confeccionar uma camisa social, com o software, a empresa consegue entregar a peça até duas semanas.
Os preços nas lojas da Oficina Reserva variam de R$ 299 a R$ 540 a unidade. As peças de vestuário básico são vendidas a partir de R$ 239, mas podem chegar a R$ 999, cada uma. Nas demais lojas do grupo, a faixa de preços é maior, de R$ 59,90 a R$ 3.999,00.
O grupo começou a oferecer o serviço de alfaiataria no ano passado em 23 das 58 lojas da Reserva. Agora, vai levá-lo para nova marca. No ano passado, a companhia também criou a marca Ahlma, de baixo custo, mais voltada à produção de itens básicos para o público jovem, de 13 a 24 anos.
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