Por Lucinda Pinto e Daniela Meibak | De São Paulo
A semana começou com o dólar em alta, numa sessão mais uma vez pautada pela cautela vinda dos riscos de uma guerra comercial entre Estados Unidos e China. A moeda americana ganhou terreno em relação às principais divisas, e o real não escapou do movimento. Mas, segundo profissionais, o noticiário político do fim de semana, considerado positivo, ajuda a amortecer o movimento.
O dólar fechou a sessão em alta de 0,70%, para R$ 3,7327. Já o Dollar Index subia, no fim da sessão brasileira, 0,17%, a 95,19.
“O ambiente externo induz à realização de lucros por aqui”, afirma Cleber Alessie Machado, operador da H. Commcor DTVM. A notícia que reforçou a tensão nos mercados internacionais foi o anúncio da China de que irá taxar entre 5% e 25% o equivalente a US$ 60 bilhões de produtos importados dos Estados Unidos. Além disso, o secretário do Comércio Internacional do Reino Unido disse que é provável que o país não feche acordo com a União Europeia antes do Brexit, previsto para março de 2019.
Essa dinâmica global acabou deixando em segundo plano o noticiário local, considerado marginalmente positivo. Além da definição das chapas para a eleição, o destaque foi a pesquisa Ibope, que mostrou avanço do tucano Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo para 19%, à frente de Jair Bolsonaro (PSL), com 16%.
Para a Wagner Investimentos, diante desses fatores a moeda segue “presa” no intervalo de R$ 3,70 a R$ 3,74, importante ponto de resistência e suporte para a cotação no curto prazo. Ainda assim, a casa vê tendência de alta do dólar no médio e longo prazos.
Já os juros futuros terminaram o dia em leve queda. O DI janeiro de 2020 caiu de 7,88% para 7,86%, enquanto o DI janeiro de 2021 oscilou de 8,85% para 8,84%. Hoje o mercado vai conhecer a ata da última reunião do Copom, que manteve a Selic em 6,5% e deixou sinais de que a taxa permanecerá estável por mais algum tempo.
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