Por Talita Moreira | De São Paulo
Cauteloso com o ambiente econômico e político, o Daycoval constituiu uma provisão extra de R$ 90 milhões no segundo trimestre, que afetou o resultado do período. O banco obteve lucro líquido de R$ 126,3 milhões entre abril e junho, alta de 0,6% na comparação com igual intervalo de 2017. Em relação ao primeiro trimestre, houve queda de 23,6%. O lucro recorrente, que desconsidera o efeito da provisão, aumentou 87,6% em relação ao segundo trimestre do ano passado, para R$ 202,4 milhões.
“A provisão é um excesso de cautela, um luxo que antes não podíamos ter porque o banco antes não tinha margem para isso”, afirmou Ricardo Gelbaum, diretor de relações com investidores do Daycoval. O banco tem foco em operações de crédito a pequenas e médias empresas e empréstimos consignados.
O crescimento econômico abaixo do esperado, um contexto internacional “conturbado” e um cenário eleitoral “completamente incerto” são os fatores que levaram o banco a tomar essa decisão. “Nos sentimos confortáveis em fazer isso diante das incertezas no segundo semestre”, acrescentou.
A taxa de inadimplência, considerando operações com atraso superior a 90 dias, era de 1,6% no fim de junho, alta de 0,2 ponto em três meses e de 0,4 ponto em um ano. O aumento está concentrado nas operações de crédito a empresas.
Com a reserva excedente, o Daycoval fechou o segundo trimestre com um saldo de R$ 1,1 bilhão em provisões para uma carteira de crédito ampliada de R$ 15,9 bilhões. O estoque de crédito cresceu 1,9% no trimestre e 15,1% em 12 meses, impulsionado pelas operações com empresas.
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