Por David Benoit e Peter Rudegeair | Dow Jones Newswires
O J.P. Morgan está matando um experimento para atrair clientes mais jovens para um novo aplicativo de banco digital, um ano após disponibilizá-lo nacionalmente nos EUA. O maior banco do país começou a informar os clientes nesta quinta que fechará o “Finn”, o banco digital sem tarifas projetado para atender consumidores jovens e transferir fundos para novas contas.
É uma rápida reviravolta para um produto que o J.P. Morgan esperava que ajudasse a atrair novos clientes para suas opções de banco on-line e móvel, um ponto forte de competição entre os bancos do país e startups de tecnologia financeira.
Com agências em declínio em todo o país, os bancos estão tentando encontrar um equilíbrio entre as ofertas móveis e on-line que os usuários mais jovens querem e ter caixas e outros especialistas à disposição em unidades físicas, que ajudam em assuntos mais complexos.
O Finn foi um pouco híbrido, oferecendo aos clientes um aplicativo digital carregado com recursos, bem como acesso a alguns serviços em agências. O banco acabou definindo que sua unidade Chase estava melhor posicionada para fornecer essa combinação de serviços a seus clientes, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.
O J.P. Morgan lidera o mercado bancário americano, com mais de 50,7 milhões de usuários digitais ativos, mas ultimamente tem apostado mais que os rivais em uma presença física maior. O banco informou no ano passado que espera abrir 400 novas agências em cinco anos para expandir para novas cidades como Washington, Pittsburgh e Nashville.
Os usuários do Finn terão de baixar o aplicativo móvel do Chase e esperar para receber um novo cartão de débito, mas os números de conta e outros detalhes não serão alterados. Eles não terão de pagar a taxa de serviço mensal de aproximadamente US$ 5 que o J.P. Morgan cobra por suas contas.
A estratégia do Finn diferia de outros bancos e startups com foco digital. Não oferecia aos poupadores taxas de remuneração elevadas sobre seus depósitos, como fazem o Goldman Sachs e a Ally Financial. Como foi criado do zero, o Finn não teve o impulso de uma base já ativa de usuários digitais, como a fintech Acorns Grow, que depois de já estabelecida lançou contas correntes.
O J.P. Morgan lançou o Finn como um programa piloto em St. Louis em outubro de 2017 e implementou o banco digital nacionalmente em junho de 2018. A ideia era que o Finn alcançasse locais onde o banco não tinha agências.
O Finn, que foi construído sobre a mesma infraestrutura de back-end que o aplicativo móvel do Chase, permitia que os clientes usassem as agências, caixas eletrônicos e cheques. Assim, uma conta no Finn parecia muito com uma conta típica do Chase.
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