Por Álvaro Campos | De São Paulo
Depois de garantir a volta do retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) para a casa de dois dígitos no primeiro semestre deste ano, o Banco Votorantim acredita que o indicador deve se estabilizar no atual patamar, perto de 12%, nos próximos dois trimestres para retomar o crescimento em 2019.
Em entrevista ao Valor, o presidente do banco, Elcio Jorge dos Santos, afirmou que 2017 foi um ano de transição, com o Votorantim fortalecendo seu balanço, reforçando os níveis de capital e elevando o índice de provisionamento. Desde então, a tendência é de crescimento do lucro, mesmo que o crédito não esteja avançando conforme se esperava no início deste ano.
O ROAE ficou em 11,6% em junho, queda de 0,2 ponto porcentual em relação a março e alta de 4,5 pontos ante junho do ano passado. “Hoje, temos um patamar de resultado mais dentro da racionalidade de nossa capacidade de entrega, tendo em vista
nossa escala. A base de 2017 é baixa, por isso o aumento tão alto do lucro na comparação anual”, explica. Segundo ele, daqui para frente a expectativa é de continuar crescendo o lucro, “mas não vai mais dobrar, como estava acontecendo”.
O Banco Votorantim, que é controlado pelo BB e a família Ermírio de Moraes, registrou lucro líquido de R$ 256 milhões no segundo trimestre, alta de 0,7% na comparação com o trimestre anterior e expansão de 76,5% ante o mesmo período do ano passado. A margem financeira bruta atingiu R$ 1,259 bilhão, com queda de 6,6% no trimestre e alta de 3% na comparação anual. As receitas de prestação de serviços e com tarifas somaram R$ 344 milhões, com altas de 5,8% e de 5,5%, respectivamente.
No segundo trimestre, a carteira de crédito ampliada subiu 1,5% na margem e caiu 0,3% no ano, a R$ 58,197 bilhões. No segmento de atacado, a queda anual foi de 11,4%, enquanto no varejo houve alta de 7,9%.
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