Por Adriana Mattos | De São Paulo

Estermann, presidente da Via Varejo: instabilidades nos sites persistem

Dona de Casas Bahia e Ponto Frio, a Via Varejo voltou a ter resultados trimestrais abaixo do estimado pelo mercado, apesar dos analistas já projetarem desempenho fraco. A receita líquida caiu 4% de janeiro a março, para R$ 6,33 bilhões, e houve prejuízo de R$ 49 milhões (o pior já apurado para um primeiro trimestre na empresa), versus lucro líquido de R$ 64 milhões um ano antes.

Ontem, para jornalistas, a direção negou que números ruins afastem potenciais compradores para o negócio – o controlador GPA busca interessados em sua fatia na Via Varejo desde 2016.

Ainda afirmou que o GPA não se sente obrigado a vender a Via Varejo neste ano – em dezembro, o grupo informou que “a meta perseguida” era alienar a empresa em 2019. “É um compromisso, não uma obrigação”, disse ontem Peter Estermann, presidente do GPA e da Via Varejo.
O executivo ainda afirmou, pela primeira vez, que o GPA não fará mais a venda de ações da Via Varejo em bolsa neste momento. Foram dois leilões, em dezembro e em fevereiro, no formato de operações de “swap”. Com isso, o GPA reduziu sua fatia de 43,3% para 36,3%. O sócio Michael Klein tem 25,5%, e poderia se tornar o maior acionista da Via Varejo se o GPA continuasse a vender suas fatias.